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Como os EUA Podem Sabotar as Metas Climáticas Globais!

Robert Greene é autor dos bestsellers A arte da sedução e As 48 leis do poder.
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À medida que se aproxima a votação nos EUA, as decisões tomadas neste país poderão afetar o mundo inteiro. Um novo relatório da ONU alerta sobre a necessidade urgente de ação climática, destacando que “chega de conversa fiada… por favor!” Essa declaração é uma chamada à ação para governos que precisam atualizar seus planos climáticos nacionais até 2025. Isso acontece exatamente dez anos após a adoção do histórico Acordo de Paris.

A Importância da Decisão Americana

Os cidadãos americanos enfrentarão uma escolha crítica no Dia da Eleição, uma decisão que terá impactos globais. Se os EUA não cumprirem esse prazo sob um presidente que desvaloriza a questão climática, a situação poderá piorar. Essa falta de compromisso pode ser um golpe devastador para os esforços globais em combater as mudanças climáticas.

É fundamental entender que essa situação não se trata de os EUA serem os salvadores do planeta. Trata-se de responsabilizá-los pela grande parte da “bagunça” que criaram, considerando as consequências de suas ações. O que está em jogo vai além de discussões: inclui “impactos debilitantes para as pessoas, o planeta e as economias”, conforme aponta o último relatório da ONU sobre emissões de gases de efeito estufa.

O Papel dos EUA nas Emissões Globais

Os EUA, assim como a maioria dos países, ratificaram o Acordo de Paris. Assim, eles concordaram em unir esforços para evitar um aquecimento global excessivo. Contudo, as ações dos EUA têm um impacto monumental no clima global, pois este país emitiu mais gases de efeito estufa historicamente do que qualquer outro. Atualmente, ainda ocupa a posição de segundo maior poluidor climático do mundo. Apesar dos investimentos em energia limpa sob a administração Biden, os EUA continuam sendo o maior produtor mundial de petróleo e gás.

Além disso, as temperaturas médias globais já estão cerca de 1,2 graus Celsius mais altas do que antes da Revolução Industrial. Embora essa variação possa parecer pequena, o resultado é devastador. Fenômenos como incêndios florestais, ondas de calor, secas e tempestades se intensificaram devido a essa mudança climática.

A Urgência de Prevenir Mudanças Climáticas Severas

Prevenir mudanças climáticas mais severas não é apenas uma questão de altruísmo; é uma questão de interesse próprio. O furacão Helene, que devastou o sudeste dos EUA, é um exemplo claro. Esse furacão causou a morte de mais de 220 pessoas e destruiu comunidades inteiras. As temperaturas mais elevadas do mar contribuíram significativamente para a intensidade desse fenômeno, tornando-o de 200 a 500 vezes mais provável devido às emissões de gases de efeito estufa.

O Acordo de Paris estabelece uma meta ambiciosa: limitar o aquecimento global a cerca de 1,5°C. O relatório mais recente da ONU mostra o que precisa ser feito para evitar ultrapassar esse limite. Ler esse relatório é alarmante, pois traz um título impactante: “Chega de ar quente… por favor!”

O que o Relatório Revela

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente alerta que, se apenas os planos de ação nacionais atuais forem implementados, o que podemos esperar é um aquecimento global catastrófico. Na verdade, o relatório prevê um aumento de 2,6°C ao longo de um século se tudo continuar como está.

Contudo, ainda há esperança. O documento também afirma que é tecnicamente viável manter a meta de 1,5°C se os países tomarem medidas rápidas e eficazes. As emissões globais precisariam cair 42% até 2030 em comparação com os níveis de 2019. Essa meta é desafiadora, principalmente porque as emissões de gases de efeito estufa cresceram 1,3% anualmente.

Soluções Potenciais para as Mudanças Climáticas

Entretanto, existem soluções relativamente simples para reverter essa situação. A energia solar e a eólica terrestre já se tornaram fontes de energia mais baratas do que os combustíveis fósseis na maior parte do mundo. Além disso, o relatório pede um aumento na eficiência energética e a eletrificação de casas e edifícios.

Porém, a questão mais difícil reside em saber se os formuladores de políticas e eleitores estão dispostos a adotar essas soluções. A plataforma republicana, por exemplo, tem uma postura clara: “Nós vamos PERFURAR, BABY, PERFURAR.” Donald Trump já declarou que tentaria retirar os EUA do Acordo de Paris novamente, como fez durante sua presidência anterior. Isso significa que o futuro das metas climáticas globais pode estar em risco.

Repercussões em Nível Global

Quando Trump foi eleito presidente pela primeira vez, muitos se preocuparam com as consequências. Estive presente em uma conferência climática da ONU em Marrakech, Marrocos. Na ocasião, um oficial sênior de programa da Friends of the Earth Africa disse: “Muitos africanos acordaram horrorizados por termos um presidente que não aceita a mudança climática como real.” Esse tipo de retórica pode ter consequências devastadoras para as comunidades vulneráveis.

Além disso, o relatório da ONU revela que os membros do G20, que incluem as maiores economias do mundo, emitiram 77% das emissões de gases de efeito estufa em 2023. Se considerarmos a União Africana, esse número sobe para 82%. Essa realidade evidencia que as nações mais vulneráveis às mudanças climáticas estão pagando um preço alto por um problema que os países mais ricos ajudaram a perpetuar.

Conclusão

Em suma, a votação nos EUA em novembro não é apenas uma questão interna. As decisões que os americanos tomarem terão repercussões globais. As metas climáticas estão em jogo, e a comunidade internacional observa atentamente. Portanto, é fundamental que os cidadãos estejam cientes da importância de suas escolhas. A luta contra as mudanças climáticas exige compromisso e ação, não apenas palavras vazias.

FONTE: THEVERGE

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