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Rocket Lab disputa contratos com o Pentágono com novo foguete Neutron

Robert Greene é autor dos bestsellers A arte da sedução e As 48 leis do poder.
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Com a crescente demanda por lançamentos espaciais no setor militar, a Rocket Lab se prepara para competir diretamente com a SpaceX. Sua aposta é o foguete Neutron, um veículo de porte médio capaz de atender às exigências do Pentágono. Essa tentativa ocorre no contexto do programa National Security Space Launch (NSSL) Fase 3, Faixa 1, com a Rocket Lab pronta para licitar contratos essenciais.

A corrida pelo NSSL Fase 3

Recentemente, a Força Espacial dos EUA abriu uma solicitação de propostas, buscando ampliar o leque de fornecedores de lançamentos militares. Entre os competidores estão a SpaceX e a United Launch Alliance (ULA). Entretanto, a Rocket Lab vê uma oportunidade em meio a esse domínio consolidado. Segundo Peter Beck, fundador e CEO da Rocket Lab, o Neutron é o veículo ideal para os requisitos da Faixa 1 da NSSL.

A Faixa 1 deste programa está orientada para missões de risco moderado, com foco em cargas úteis menos sensíveis. Em contraste, a Faixa 2 atenderá missões mais críticas e exigirá veículos de lançamento com maior capacidade de carga e certificação mais rigorosa. Para esta etapa inicial, a Faixa 1 do NSSL tem um orçamento de aproximadamente US$ 5,6 bilhões, com as primeiras ordens de tarefa concedidas à SpaceX.

Rocket Lab ganha força com o Neutron

Com uma trajetória sólida na órbita baixa da Terra (LEO), a Rocket Lab ganhou confiança para disputar os contratos do NSSL. Desde sua estreia em 2017, o veículo de lançamento Electron da empresa já foi enviado para órbita 53 vezes. Agora, o Neutron, apresentado em 2021, visa ampliar a capacidade da Rocket Lab para cargas médias.

O Neutron será equipado com nove motores Archimedes e projetado para reutilização, uma característica essencial para competir no cenário atual de lançamentos espaciais. Em agosto, a empresa realizou um teste significativo do motor Archimedes no Stennis Space Center da NASA, no Mississippi, avançando no desenvolvimento da infraestrutura de lançamento do Neutron.

Competição acirrada em meio à crise de capacidade

A indústria de lançamentos espaciais vive um momento de alta demanda e oferta restrita. Atualmente, a SpaceX domina o mercado, enquanto a ULA enfrenta desafios com o atraso no lançamento do seu foguete Vulcan Centaur. A Blue Origin também tem dificuldades com o desenvolvimento do New Glenn, contribuindo para uma crise de capacidade.

A entrada da Rocket Lab visa aumentar a diversidade de fornecedores, respondendo à demanda do governo dos EUA por uma opção confiável e acessível. Segundo Beck, o Neutron atenderá essa necessidade, oferecendo um veículo capaz de competir com o domínio da SpaceX.

Acelerando o desenvolvimento e contando com apoio governamental

A Rocket Lab está investindo pesado no desenvolvimento do Neutron. A empresa recebeu um apoio de US$ 24 milhões da Força Espacial, destinados à construção do segundo estágio do foguete. O custo total de desenvolvimento do Neutron deve variar entre US$ 250 milhões e US$ 300 milhões. A Rocket Lab também está construindo a plataforma de lançamento do Neutron na Wallops Flight Facility da NASA, enquanto trabalha para garantir uma licença da Federal Aviation Administration (FAA).

Além disso, a Rocket Lab quer expandir seu alcance no setor de defesa com sua divisão Space Systems, responsável por construir componentes de satélite. A empresa já foi escolhida para desenvolver um satélite de vigilância para a Força Espacial, reforçando seu objetivo de oferecer soluções de ponta a ponta para o governo.

Expectativas para o futuro da Rocket Lab

Com a expectativa de um aumento na demanda por lançamentos militares, a Rocket Lab tem uma oportunidade única para consolidar sua posição no setor. Se o Neutron cumprir seu cronograma, a empresa poderá realizar seu primeiro lançamento no final de 2025. Com um mercado promissor e o suporte governamental, a Rocket Lab está posicionada para desafiar a liderança da SpaceX e expandir suas operações no mercado de defesa.

FONTE: SPACENEWS

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